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Obesidade e Gravidez (Teste Preditivo)

Teste da Proteína G

NOTA: Algumas grávidas podem, na primeira gestação, acumular peso que não será perdido depois, dependendo do genótipo que o teste define. Nestes casos de risco é indicada dieta estrita e o resultado pessoal do diagnóstico de risco é um fator motivador para a prevenção (Medicina Preditiva Personalizada)

Amostra:

4 ml de sangue em EDTA ou células bucais

Entrega:

30 dias ou 7 dias úteis (urgência)

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Obesidade e Gravidez (Teste Preditivo) Medicina Preditiva

Proteína G e Obesidade: Teste Genético

O Laboratório GENE realiza, desde o ano 2000, o Teste do Polimorfismo C825T no Gene da Sub-unidade Beta 3 da Proteína G, cujos possíveis resultados são os genótipos TT, TC ou CC. Pesquisas sobre a proteína G, associada à patogênese da hipertensão essencial e à adipogênese continuam, apontando novas e eficientes estratégias de prevenção, controle e/ou tratamento da epidemia mundial de obesidade.

As proteínas G compõem uma família de proteínas que estão envolvidas em inúmeras vias de controle metabólico das células. Estudos epidemiológicos recentes demonstraram a associação do polimorfismo C825T à obesidade em populações de várias etnias. Quando a predisposição genética conferida pelo polimorfismo associa-se a fatores ambientais como sedentarismo e gravidez, o risco do desenvolvimento de obesidade aumenta consideravelmente.

GENÓTIPO TT

Gutersohn e colaboradores (Lancet, 2000, vol 355: 1240-1241) mostraram que mulheres sedentárias com o genótipo TTna posição 825 do gene da subunidade b3 da proteína G possuem um risco 7 vezes maior do que mulheres com genótipos CT ou CC de ganhar peso excessivo na primeira gravidez e retê-lo depois. A prática de exercício físico moderado durante a gravidez elimina este risco aumentado. Assim, a identificação de mulheres com o genótipo TT, que predispõe à obesidade, representa uma oportunidade ideal para a prática da medicina preditiva: o risco genético pode ser identificado precocemente e a obesidade prevenida com exercício físico regular e controle da ingestão calórica na gravidez. A individualização do risco fornece a motivação para aderência ao programa preventivo. Estudos do GENE mostram que o genótipo TT é visto em 16% das mulheres brasileiras. 

O tratamento dos obesos TT, cujo genótipo também é associado à hipertensão, deve evitar fármacos que aumentem a pressão arterial e a freqüência cardíaca, a sibutramina entre eles.

sibutramina (Reductil ou Plenty), usada para o gerenciamento de peso desde a década de 90, é geralmente bem aceita: induz a saciedade sem criar dependência. Mas tem resposta muito variável de paciente para paciente, como ocorre com a maioria dos medicamentos. Para pacientes obesos TT, a sibutramina é eficiente mas vai exigir cuidado na área cardiovascular. Em contraste, para obesos com genótipo CC, a sibutramina parece oferecer ótimos resultados (ver abaixo).

GENÓTIPO CC 

A sibutramina é eficiente para ajudar os obesos CC, homens ou mulheres, na perda de peso (Pharmacogenetics, 2003, vol 13:453-9). Este genótipo não predispõe especialmente à obesidade, mas ela pode ocorrer por outros fatores. A recomendação tradicional de regime alimentar e exercício apenas é ineficiente. O sábio adágio popular recomenda, para emagrecer, “jejuar e capinar” (ou, na era das esteiras rolantes, “jejuar e caminhar”). Mas esta estratégia de bom senso trará frustração ao paciente CC, cujo metabolismo defenderá vigorosamente o peso corporal-base assim que for diminuída a ingestão e/ou aumentado o gasto de calorias!  Um estímulo exógeno se impõe e a sibutramina é o medicamento de escolha para o obeso com genótipo CC, predominante no DNA de populações de origem européia.

O Teste do Polimorfismo da Proteína G (genótipos TT, TC ou CC) possibilita assim aos médicos praticar a Medicina Preditiva Personalizada (primigesta magra, com história familiar sugestiva ou que se declare compulsiva). Permite-lhes, também, se pautar pelos últimos avanços da farmacogenética: o exame da proteína G define o perfil genético do paciente a priori e permite uma estratégia terapêutica personalizada. A indicação do fármaco ideal evita despesas desnecessárias, efeitos colaterais indesejáveis e frustração.

Indicação:

Todas as pessoas obesas em tratamento; mulheres primíparas no início da gravidez.

Marcação de Exame:

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Material Necessário:

Sangue periférico em EDTA (1 ml) ou células da bochecha (peça o kit de coleta ao GENE). As amostras podem ser coletadas no GENE ou enviadas para Belo Horizonte pelo Correio (SEDEX) de qualquer lugar do Brasil. Informações adicionais e literatura médica podem ser solicitadas gratuitamente.

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CONHEÇA O FUNDADOR DO LABORATÓRIO GENE

Dr. Sérgio Pena é Médico-geneticista, Ph.D em Genética Humana pela Universidade de Manitoba (Canadá) e Fellow do Royal College of Physicians and Surgeons do Canadá. Diretor Médico e Científico do GENE – Núcleo de Medicina Genética, Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia e Professor da Pós-Graduação em Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.