Exames Cromossômicos em Arrays (chips, microarranjos) de Altíssima Resolução
Da Citogenética à Citogenômica – Exames cromossômicos em array: avanço diagnóstico digno de nota
Assim caminha o diagnóstico genético: a passos largos em direção a exames cada vez mais precisos! E o Laboratório GENE convida você a entrar na nova e estimulante realidade do diagnóstico citogenômico em DNA. A técnica em arrays (microarranjos) impulsionou o exame dos cromossomos do microscópio para o computador.
Os exames cromossômicos em chips, microarranjos ou arrays de altíssima resolução (por isto também chamados de citogenômicos) detectam TODAS as alterações cromossômicas microscópicas e submicroscópicas que causam doença (malformações, retardo mental, autismo, cardiopatia etc.) e TODAS as dissomias uniparentais associadas ao atraso de desenvolvimento, cujos sintomas, muitas vezes, apenas vão se manifestar quando a criança já estiver mais crescida.
O quê o exame cromossômico molecular aCGH/SNP array (CytoSNP) detecta?
diagnóstico de trissomia ou monossomia pela análise de TODOS OS CROMOSSOMOS
diagnóstico de TRIPLOIDIA e também de TETRAPLOIDIA
diagnóstico de MICRODELEÇÕES e MICRODUPLICAÇÕES
diagnóstico de 100% das TRANSLOCAÇÕES NÃO-BALANCEADAS
diagnóstico de UPD – DISSOMIA UNIPARENTAL (isodissomia e heterodissomia)
A citogenética clássica (cariótipo banda G) diagnostica a causa de cerca de 5% dos problemas, enquanto a citogenética molecular em array permite um diagnóstico preciso em > 20% dos casos.
Um único teste citogenômico com a técnica em array detecta simultaneamente as centenas de possíveis alterações microscópicas e submicroscópicas que incluem todas as síndromes cromossômicas de excesso ou falta de material genético que causam retardo de desenvolvimento.
Individualmente, cada síndrome tem baixa incidência. Porém, compilando-se o conjunto total delas, a prevalência chega a 0,5% dos nativivos. É fácil calcular: (a) 3% a 4% dos nativivos apresentam retardo intelectual e/ou malformações múltiplas e (b) os testes em array da citogenômica moderna podem detectar deleções e/ou duplicações cromossômicas e/ou dissomia uniparental em >20% desses casos. É natural, então, que estes avanços diagnósticos estejam sendo abraçados com entusiasmo pelos profissionais comprometidos com a excelência da medicina científica baseada em evidências sólidas.
Abaixo listamos alguns detalhes de interesse
1. A citogenética clássica (cariótipo banda G) só detecta alterações microscópicas grandes (7 a 10 milhões de pares de base, ou seja, 7 a 10Mb). Podemos calcular: o genoma tem cerca de três bilhões de pares de base. A resolução do cariótipo clássico sendo de 400 bandas permitirá diagnosticar apenas alterações maiores que 7,5 Mb (3 bilhões÷400 bandas=7 milhões e 500 mil pares de bases, ou seja, 7,5Mb).
2. A citogenômica moderna em array detecta, por sua vez, todas as alterações cromossômicas microscópicas de excesso ou falta de material genético que o cariótipo pode detectar e também todas as que são submicroscópicas, centenas de vezes MENORES que as visíveis ao microscópio ótico, podendo envolver pedaços de DNA mínimos, bem menores que 1Mb.
3. A título de comparação: a citogenética clássica (cariótipo banda G), desenvolvida na década de 1970, permite analisar 400 a 600 bandas, ou seja, o equivalente a 400 / 600 pedaços do DNA. A citogenômica moderna com o exame em arrays permite analisar o DNA de forma muito mais completa, muito mais detalhada.
4. O teste de Hibridização Genômica Comparativa (CGH-array 180K + SNPs) em arrays faz uma varredura minuciosa em todo o genoma humano e utiliza 110 mil sondas CGH e 59 mil sondas SNP para avaliar TODAS as alterações de ganho ou perda de material cromossômico, incluindo as microdeleções e microduplicações cromossômicas e também as dissomias uniparentais, associadas com atraso de desenvolvimento, malformações, dismorfismos ou autismo.
5. O poderoso teste cromossômico molecular em arrays denominado CytoSNP é eficiente e preciso, com a vantagem de ser mais econômico que os similares (FISH, CGH). Este teste faz uma varredura minuciosa de todo o genoma humano e utiliza 300 mil marcadores para detectar variações de excesso ou falta de material genético que afetam o fenótipo e a saúde. Ele detecta TODAS as alterações de ganho ou perda de material cromossômico, incluindo as microdeleções e microduplicações cromossômicas e também as dissomias uniparentais. Este exame tem a vantagem adicional sobre o exame acima (CGH) de ter mais sensibilidade para diagnosticar mosaicismo: mistura de células normais e células alteradas, uma situação frequente em seres humanos e cada vez mais diagnosticada pelas técnicas moleculares atuais.
6. O Laboratório GENE/Clínica Genética Sérgio Pena disponibiliza o aconselhamento genético presencial ou on-line pré ou pós exame para os pacientes que necessitam do exame em arrays.
Presente e Futuro
Em medicina fetal, a indicação atual mais frequente para o teste cromossômico pré-natal de alta definição tem sido em gestação com cariótipo clássico “normal” (que significa, a rigor, um cariótipo sem alteração visualizável ao microscópio), apesar de o bebê apresentar malformação ao ultrassom (translucência nucal aumentada, cardiopatia ou outras malformações).
O exame cromossômico molecular pré-natal de alta definição também é solicitado quando o exame do cariótipo clássico não foi esclarecedor (translocação possivelmente balanceada a ser melhor investigada, presença de cromossomo extra, não identificado, mosaicismo de baixo grau).
O ACOG – American College of Obstetricians and Gynecologists é bastante enfático ao recomendar que a existência e opção do diagnóstico cromossômico pré-natal deve ser informada a toda mulher grávida (7 de maio de 2007). Afinal, já é bem estabelecido que a coleta invasiva de líquido amniótico ou vilo corial tem baixíssimo risco quando realizada por profissional competente e experiente. Este pequeno risco se justifica, face aos benefícios diagnósticos? Só a própria gestante (e seu marido) pode avaliar isto e balancear o impacto de uma criança anormal em sua vida antes de decidir se fará, ou não, a coleta de células fetais. A decisão deve levar em consideração diversos fatores e sentimentos (história pessoal, história familiar, risco empírico calculado, risco de perda fetal da coleta, significado emocional e impacto global de uma criança afetada para ela e toda a família). A decisão de fazer – ou não – o exame invasivo é da paciente.
Obtido o material fetal, através da coleta de vilo corial ou de líquido amniótico também é da paciente a opção do exame citogenético ou do exame citogenômico, tudo dependendo das informações repassadas a ela. Nesse sentido, o papel do médico é sempre primordial. E cumpre lembrar que as doenças detectáveis pelos novos testes cromossômicos moleculares em array no período pré-natal, em sua maioria, são síndromes consideradas “silenciosas” por não apresentarem nenhum sinal de alerta ao ultrassom, não se correlacionarem com a idade e nem com a saúde dos pais ou com a história genética pessoal ou familiar. As síndromes testadas pelos exames em arrays são inesperadas, imprevisíveis, pois resultam de acidentes genéticos aleatórios, são mutações novas que podem afetar qualquer gravidez sem aviso prévio. Na ausência de contraindicação, há de se disponibilizar sempre o teste mais informativo e completo aos casais que podem se beneficiar dele.
Resultados da Pesquisa de Satisfação com clientes e pacientes do Laboratório GENE
A premissa que guia os trabalhos do Laboratório GENE há mais de 35 anos é a busca pela qualidade máxima. Nos resultados precisos e confiáveis dos exames, no carinho com os pacientes e no cuidado dos atendimentos, a busca pelo melhor padrão de serviço é sempre perseguida com dedicação de toda equipe.
A maior recompensa é o nível de satisfação dos clientes. Por esse motivo o GENE compartilha abaixo o último resultado das pesquisas internas de satisfação:
O compromisso com a qualidade é a nossa grande obsessão.
Dr. Sérgio Pena é Médico-geneticista, Ph.D em Genética Humana pela Universidade de Manitoba (Canadá) e Fellow do Royal College of Physicians and Surgeons do Canadá. Diretor Médico e Científico do GENE – Núcleo de Medicina Genética, Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia e Professor da Pós-Graduação em Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.