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Acondroplasia / Nanismo (ver também Pseudoacondroplasia)

Por: Vitor Data: 17/05/2020

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A ACONDROPLASIA é a forma mais comum de nanismo rizomélico e ocorre com uma frequência de 1 em cada 15.000 recém-nascidos. Uma correlação positiva entre a doença e uma idade paterna mais avançada na época da concepção já foi verificada. A ACONDROPLASIA pode representar um problema diagnóstico no berçário, já que alguns pacientes nascem com comprimento dentro da faixa normal. Além disso, deve ser feito o diagnóstico diferencial de outros nanismos rizomélicos, como a hipocondroplasia (ver abaixo), o nanismo diastrófico e a pseudoacondroplasia (acesse o link: https://www.laboratoriogene.com.br/exames/pseudoacondroplasia-nanismo/).


ACONDROPLASIA é herdada em padrão autossômico dominante. Entretanto, cerca de 80% dos casos são esporádicos, causados por mutações novas. A mutação responsável pela doença em mais de 98% dos pacientes é a G1138A, uma transição G>A no nucleotídeo 1138 do gene que codifica o receptor do fator de crescimento fibroblástico 3 (FGFR3). Isso leva à substituição de glicina por arginina no domínio transmembrânico de FGFR3. A segunda mutação, vista em aproximadamente 1% dos casos, é a G1138C, uma transversão G>C, também na posição 1138, levando à mesma substituição de aminoácidos. Assim, trata-se de uma doença com baixíssimo índice de heterogeneidade genética e, consequentemente, de fácil diagnóstico molecular.


Nota: Quando o resultado do teste para ACONDROPLASIA é normal e há rizomelia, é indicado fazer o teste molecular para HIPOCONDROPLASIA (ver abaixo).


HIPOCONDROPLASIA é uma forma de nanismo menos severa que a ACONDROPLASIA que compartilha certas características fenotípicas com ela. A maioria dos casos dessa doença também é consequência de mutações novas no gene FGFR3 mas, em alguns casos, há uma história familial positiva para esta condição. Muitos casos de HIPOCONDROPLASIA são causados por duas mutações específicas: a mutação C1620A, uma transversão C>A e a mutação C1620G, uma transversão C>G no nucleotídeo 1620 do gene FGFR3. Elas são detectadas em 70% e 30% dos pacientes, respectivamente. Essas duas mutações levam à mesma modificação da proteína: uma substituição do aminoácido asparagina por lisina. Outras mutações no gene FGFR3 causam um número menor de casos de HIPOCONDROPLASIA e exigem teste diferente.

Teste 1) O Laboratório GENE realiza testes moleculares baseados na técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) alelo-específico para avaliação da presença das mutações G1138A e G1138C, que permite o diagnóstico da ACONDROPLASIA.


Teste 2) O Laboratório GENE também realiza o teste molecular para avaliar as mutações C1620A e C1620G para HIPOCONDROPLASIA.

PRINCIPAIS EXAMES