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Angelman / Síndrome de Prader Willi ou de

O Laboratório GENE realiza duas análises em DNA concomitantes, para detectar tanto a microdeleção cromossômica 15q11- q13 como definir, pelo teste de metilação, a origem materna ou paterna do cromossomo afetado, se houver:

• Teste pela técnica PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) para detectar deleção na região cromossômica 15q11 – q13

• Teste pela técnica M-PCR (Metilação) para definir o padrão de metilação materno ou paterno do gene SNRPN

A razão pela qual as duas síndromes acima são apresentadas/discutidas juntas é que ambas são mais frequentemente causadas pela microdeleção 15q11- q13, uma região cromossômica sujeita a impressão genômica (estampagem gênica). Assim, se o cromossomo 15 afetado pela deleção tiver origem materna, causará a síndrome de Angelman e o teste de metilação vai mostrar isso. Se a mesma deleção estiver presente, mas o cromossomo 15 afetado for o de origem paterna, o diagnóstico é diferente: síndrome de Prader-Willi.

Amostra:

4 ml de sangue em EDTA ou células bucais

Entrega:

cerca de 30 dias

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Prader Willi / Angelman, Síndrome de

Síndrome de Prader-Willi e Síndrome de Angelman

Síndrome de Prader-Willi (SPW) tem um fenótipo clínico caracterizado por hipotonia neonatal e retardo de desenvolvimento, seguido por desenvolvimento pós-natal de polifagia com subseqüente obesidade, baixa estatura, hipogonadismo hipogonadotrófico, e leve a moderado retardo mental.

Síndrome de Angelman (SA; também conhecida como a síndrome do “Marionete Feliz”) está associada com sintomas e sinais extra-piramidais (movimentos abruptos, marcha irregular com a parte superior do braço inflexível), hiperatividade, acessos, retardo mental severo com ausência de fala verbal e paroxismos de risos inapropriados. A SPW e a SA cada uma ocorre em uma freqüência de cerca de 1/10.000 a 1/20.000 nascidos.

A razão pela qual elas são discutidas juntas é que ambas síndromes são mais frequentemente causadas por microdeleções na região cromossômica 15q11-q13 que é sujeita a impressão genômica (estampagem gênica).


A SPW e SA são associadas com alteração do cromossomo 15 paterno ou materno, respectivamente. As deficiências são causadas por microdeleções (~75 % de casos de SPW ou SA), por dissomia uniparental (25 % de SPW e 2 % de SA) ou por mutações na impressão genômica. Por causa da impressão genômica, há expressão monoalélica diferencial de genes nos cromossomos homólogos 15 paterno e materno, e assim as microdeleções resultam em completa deficiência de expressão de genes críticos. Os genes para SPW não foram identificados ainda, que provavelmente origina de deficiências múltiplas (síndrome de genes contíguos). Por outro lado, aproximadamente 20% dos pacientes com a SA não mostram microdeleções cromossômicas, dissomia uniparental ou mutação na impressão genômica. Recentemente, mostrou-se que estes pacientes apresentam mutação no gene que codifica para uma ligase proteína-ubiquitina (UBE3A) que está envolvida na via de degradação de proteínas dependente de ubiquitinização e sofre impressão genômica cérebro-específica.


O sequenciamento genômico da região do gene SNRPN, depois do tratamento com bissulfito de sódio, revelou que >96 % de todos dinucleotídeos CpG são metilados no cromossoma materno. Esta informação foi utilizada para desenvolver o método de PCR específico para amplificação das cópias metilada e não metilada do exon alfa do gene SNRPN, para diagnóstico da SPW e SA que é usado rotineiramente no GENE – Núcleo de Genética Médica.


Para estabelecimento do diagnóstico molecular para SPW/SA, no GENE, a M-PCR (PCR Sensível à Metilação) é usada conjuntamente com outra técnica baseada na perda de heterozigosidade para três marcadores genéticos de 15q11-q13  (D15S11, D15S113 e GABRb3), pois a maioria dos indivíduos afetados para a SPW e a SA tem deleção ou dissomia uniparental desta região. No caso da dissomia uniparental, o paciente apresentará dois cromossomos com o mesmo alelo (isodissomia paterna ou materna) ou dois cromossomos com os dois alelos diferentes (heterodissomia paterna ou materna).


Os critérios para estabelecimento de diagnóstico molecular no GENE são: para a Síndrome de Angelman, a ausência da banda materna na M-PCR e homozigose para os três loci analisados na PCR multiplex (deleção ou isodissomia paterna) ou heterozigose para pelo menos um locus  (heterodissomia paterna). Para Síndrome de Prader-Willi consideramos evidência diagnostica a M-PCR mostrando ausência da banda paterna e homozigose para os três loci analisados na PCR multiplex (deleção ou isodissomia materna) ou heterozigose para pelo menos um locus (heterodissomia materna). Ou alternativamente, a ausência da banda paterna na M-PCR, com homozigose para o locus D15S11 e heterozigose para os demais, também pode ser interpretada como microdeleção. Deste modo é possível diagnosticar praticamente todos os indivíduos afetados por SPW. Dentre os indivíduos afetados pela SA seria possível diagnosticar cerca de 79%, deixando de detectar os pacientes com mutação em um gene ou microdeleções fora das regiões cobertas por estes marcadores genéticos.
 

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CONHEÇA O FUNDADOR DO LABORATÓRIO GENE

Dr. Sérgio Pena é Médico-geneticista, Ph.D em Genética Humana pela Universidade de Manitoba (Canadá) e Fellow do Royal College of Physicians and Surgeons do Canadá. Diretor Médico e Científico do GENE – Núcleo de Medicina Genética, Professor Titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia e Professor da Pós-Graduação em Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.