No passado, a crença que a humanidade podia ser dividida em raças distintas que diferiam em uma escala de valores contribuiu para justificar discriminação, exploração e atrocidades.

Avanços recentes da genômica humana e genética de populações demonstraram que critérios previamente usados para diferenciar raças humanas não têm significado biológico.

A conscientização de que cientificamente raças humanas não existem deve ser absorvida por todas as sociedades e incorporada em seus arcabouços conceituais e convicções morais. Nos séculos 16 e 17, dezenas de milhares de pessoas foram oficialmente condenadas na Europa pelo crime de bruxaria.

Após o advento da revolução científica no século 17, tornou-se óbvio que bruxas não existiam e o movimento esvaziou-se e desapareceu.

Da mesma forma, esperamos que o entendimento de que cientificamente não existem raças humanas deveria levar à emergência de sociedades “pós-raciais”, nas quais a individualidade e singularidade humanas são valorizadas.

Este sonho está em perfeita consonância com o conhecimento de que cada um de nós tem um genoma diferente de todos os outros, que interage com o ambiente para produzir a nossa exclusiva trajetória de vida.

Um pensamento reconfortante é que no futuro seres humanos não acreditarão em raças humanas da mesma maneira que hoje não acreditamos em bruxaria.

Dessa forma, no futuro o racismo será visto como uma aberração temporária, assim como hoje percebemos a insanidade da caça às bruxas.

Esperamos que este pequeno filme contribua para alavancar esta transformação social.